quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

A Filha da Floresta, de Juliet Marillier


Passada no crepúsculo celta da velha Irlanda, quando o mito era Lei e a magia uma força da natureza, esta é a história de Sorcha, a sétima filha de um sétimo filho, o soturno Lorde Colum, e dos seus seis amados irmãos.
O domínio de Sevenwaters é um lugar remoto, estranho, guardado e preservado por homens silenciosos e Criaturas Encantadas que deslizam pelos bosques vestidos de cinzento e mantêm as armas afiadas.
Os invasores de fora da floresta, os salteadores do outro lado do mar, os Bretões e os Viquingues, estão todos decididos a destruir o idílico paraíso. Mas o mais urgente para o guardiães é aniquilar o traidor que se introduziu dentro do domínio: Lady Oonagh, uma feiticeira, bela como o dia, mas com um coração negro como a noite. Oonagh conquista Lorde Colem com os seus sedutores estratagemas; mas não consegue encantar a prudente Sorcha. Frustrada por não conseguir destruir a família, Oonagh aprisiona os irmãos num feitiço que só Sorcha pode quebrar. Se falhar, continuarão encantados e morrerão!
Então os salteadores chegam e Sorcha é capturada, quando está apenas a meio da sua tarefa... Em breve vai ver-se dividida entre o seu dever, que lhe impõe que quebre o encantamento, e um amor cada vez maior, proibido, pelo senhora da guerra que a capturou.”


Este primeiro volume da trilogia Sevenwaters traz-nos a história de Sorcha, a mais nova de seis irmãos e única rapariga e o seu percurso atribulado devido a uma tarefa que tem de desempenhar, uma tarefa que poderá significar a morte dos seus irmãos. Mas os laços e a força que os une impelem-na a prosseguir corajosamente, apesar da sua tenra idade. Uma personagem de uma força de vontade incrível, que atravessa por vários horrores durante a sua tarefa. Mas ainda assim com capacidade para amar.
Escolhi este livro como primeira sugestão por ter sido o que mais me marcou, tendo mudado por completo a minha acepção no que respeitava ao género literário. Com a sua capacidade de nos fazer “viver” todos os momentos à medida que o lemos, desde aos mais pequenos pormenores até ao culminar da acção, Juliet Marillier apresenta uma obra fantástica, com uma escrita eloquente e uma história envolvente.
Embora o romance seja narrado na primeira pessoa, o que poderá desencorajar os leitores a optarem por este livro, apresenta uma narração bastante descritiva, que não cai no erro de centrar tudo unicamente na personagem principal, e vemo-nos envolvidos pelas emoções desta, assim como de todas as outras personagens. A acção desenvolve-se com bastante serenidade, onde todas as ligações entre passado e presente, personagens que se desencontram e se reencontram, e o brotar das emoções são exploradas e relatadas com a segurança e a eloquência que só uma escritora com o dom de Juliet Marillier é capaz de proporcionar.


Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 448
Editor: Bertrand Editora
P.V.P. €18,95 




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